ENFERMAGEM HU/UFGD

JUNTOS POR UMA UNIVERSIDADE MELHOR E UMA ENFERMAGEM MAIS UNIDA.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Paralisação Nacional dia 03 de Fevereiro


Plenária da Fasubra aprova paralisação e marcha a Brasília


Os trabalhadores técnico-administrativos em educação e a Direção Nacional da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Federais (Fasubra) aprovaram uma paralisação nacional para o dia 3 de fevereiro e uma caravana à Brasília para o dia 9. As decisões foram tomadas durante a plenária da Fasubra realizada nos dias 10 e 11 de dezembro, em Brasília.

A caravana levantará a bandeira da campanha salarial. A mobilização pretende lutar pela inclusão, no orçamento de 2011, de recursos para reajuste salarial (piso 3 salário mínimo e step 5%); racionalização e cargos; reposicionamento dos aposentados; mudança no Anexo IV, referente aos incentivos de qualificação; devolução do vencimento básico complementar absorvido; isonomia salarial e de benefícios auxilio- alimentação e auxilio creche.

A pauta de reivindicações inclui ainda a luta contra a terceirização; a revogação da Lei nº 9.632/98 e a abertura imediata de concurso público para substituição, no mínimo, da mão de obra terceirizada e precarizada em todos os níveis da carreira para as áreas administrativas e dos HU´s. 


Calendário

A partir da segunda quinzena de janeiro, a Direção Nacional vai organizar um plantão ampliado, em Brasília, para dar sequência aos encaminhamentos das resoluções da plenária e tentar agendar uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para cobrar a pauta de reivindicações.

No início de fevereiro haverá ainda uma reunião com os parlamentares. No dia 9, após a caravana, será realizada uma plenária para deliberar os encaminhamentos a partir da garantia ou não de recursos no orçamento. Dia 10, será o encontro dos aposentados. Em março, haverá uma plenária para discutir o estatuto. O congresso da Fasubra será realizado entre os meses de maio e junho.
A Direção Nacional vai realizar uma análise de conjuntura para subsidiar os debates no processo de mobilização da base para o próximo período. Além disso, vai discutir a caracterização do governo Dilma, através de um painel que antecederá a próxima plenária.

Eixo geral de lutas
- Em defesa do direito irrestrito de greve;
- Luta contra o veto do fator previdenciário;
- Luta contra a Terceirização no Serviço Público;
- Abertura imediata de concursos públicos;
- Destinação de 10% do PIB para educação;
- Aprovação da EC 29;
- Nenhum direito a menos advindos de reformas;
- Pelo restabelecimento dos direitos retirados nas últimas décadas pelos governos;
- Destinação de recursos públicos apenas para os organismos estatais;
- Pela revogação da Lei 9.632/98 e de todas as demais leis que extinguem cargos no serviço público;
- Contra qualquer forma de terceirização no serviço público e pela reposição imediato dos cargos terceirizados;
- Contra o PL 549/09 (congelamento de salários);
- Lutar pela aprovação da PEC- Ascensão funcional; Contra o PLP 92/07 (Fundação Estatal de Direito Privado);
- Contra a PEC 341 (Revisão Constitucional);
- A favor PEC 270 (aposentadoria por invalidez);
- A favor PEC 555 (suspende a contribuição previdenciária);
- Revogação do veto fator previdenciário;
- Contra o PLP 248/98 (Demissão por insuficiência de desempenho);
- Campanha de combate às práticas do Assédio Moral e a todos os tipos de assédio (sexual e outros);
- Auditória da Dívida; Defesa do Salário mínimo do Dieese;
- Revogação das Orientações Normativas sobre:
-  Adicional de Insalubridade;
-  Aposentadoria Especial.

O SISTA esta organizando a paralisação aqui em Dourados, assim que souber como será e os locais divulgaremos aqui.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Noticias HU UFGD - Dourados Agora.



Demanda crescente no HU limita atendimentos


O Hospital Universitário (HU), que teve um aumento de 80% na demanda este mês, pode começar a restringir atendimentos em alguns setores por causa do decifit de funcionários. A alta demanda em alguns setores ocorreu em função da incorporação dos atendimentos na área de ginecologia e obstetricia, que antes eram realizados pelo Hospital da Mulher (HM). “Os funcionários que existem já trabalham no limite”, informou ontem do diretor do HU, Wedson Desidério Fernandes.
Ele esclareceu que já era esperado um aumento de 60% na demanda com os novos serviços, no entanto, esse quantitativo superou a expectativa, “estrangulando” certos setores. Hoje o quadro de funcionários do HU chega a 750 incluindo os cerca de 500 que passaram no concurso público e os mais de 200 contratados temporariamente no processo de seleção realizado no ano passado, através da Fundação Municipal de Saúde e Administração Hospitalar. Para suprir a atual demanda seriam necessários pelo menos 850 funcionários, portanto, o HU estaria trabalhando com um décifit de 100 funcionários.
Um dos setores mais prejudicados é o de laboratório, que realiza algo em torno de 30 mil exames por mês para atender toda rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Até o mês passado só para atender o HU, o laboratório realizava cinco mil exames por mês. Nestas últimas semanas após a incorporação da Ginecologia e Obstetricia, saltou para 15 mil. Outros setores também com problemas são o de Fisioterapia e de anestesia. Quando reiniciar as cirurgias eletivas, Wedson diz que o problema deve se agravar ainda mais.
Com o número insuficiente de funcionários, Wedson Desidério acredita que o hospital não consiga suportar um mês. “O atendimento não corre o risco de parar, mas deve restrigir”, prevê.
PALIATIVO
Para tentar aliviar o problema e voltar à normalidade nos atendimentos, o HU espera que a Câmara de Vereadores aprove nos próximos dias um projeto de lei enviado pela prefeitura para contratação de mais 22 profissionais em caráter temporário e emergencial, que serão pagos pela Fundação através de recursos repassados pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
Segundo o presidente da Fundação, Paulo Cesar Nunes da Silva, na realidade já existe na Câmara um projeto para contratação de oito profissionais para atuar no Banco de Leite. Na manhã de ontem uma comissão do HU foi recebida pela prefeita interina Délia Razuk (PMDB) para solicitar o envio para a Câmara de um projeto de lei substitutivo aumentando o quantitativo de profissionais. “Já haviamos solicitado a contratação de profissionais para o Banco de Leite, mas como evidenciamos nos últimos dias um aumento inesperado na demanda, tivemos que solicitar a contratação de mais alguns profissionais para aliviar os setores mais criticos”, esclareceu.
Além dos oito profissionais do Banco de Leite, serão acrescentados mais sete anestesistas, cinco técnicos de laboratório e dois fisioterapeutas. Ele lembra que o município não terá custo nenhum com as contratações, que ficarão a cargo da Fundação, que recebe repasses federais. O diretor do HU, Wedson Desidério acrescenta que as contratações temporárias é uma solução paliativa até que o governo federal abra mais vagas para chamar os candidatos que passaram no último concurso. A UFGD já teria solicitado mais 350 vagas para o Governo Federal, com expectativa de liberação ainda este ano.

Fonte: http://www.douradosagora.com.br/

PERGUNTO. E A ENFERMAGEM????

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

MP 520 de 31/12/2010 que cria a EBSERH

Entidades advertem: empresa hospitalar pode ser nova Fundação Estatal de Direito Privado

Na última sexta-feira (31/12), uma medida provisória (MP 520) instituiu a nova “estatal” na área de Educação e Saúde, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). O ato – divulgado no apagar das luzes do último mandato do ex-presidente Lula – atribui à empresa (uma sociedade anônima de direito privado e patrimônio próprio) a gestão dos hospitais federais do país, englobando execução de assistência, ensino e pesquisa na área da saúde. A medida passa a ter vigência imediata, embora ainda precise ser aprovada no Congresso. A empresa, vinculada ao Ministério da Educação, terá seu capital formado por ações pertencentes à União e a integralização será feita com recursos do orçamento público.

Na avaliação de entidades sindicais ligadas à educação, a instituição da “estatal” sinaliza o intuito do governo federal em transferir para as mãos da iniciativa privada a responsabilidade sobre os hospitais universitários brasileiros. Segundo Sônia Lucio, 2ª vice-presidente da Regional Rio do ANDES-SN, é fácil encontrar na peça elementos que denotam seu caráter privatista. “A MP prevê regimes de trabalho temporários e celetistas em vez de realizar concursos e assegurar recursos. Os bens materiais e trabalhadores das Universidades são transferíveis para as mãos da empresa, esvaziando o patrimônio público”, avalia. Além disso, a empresa está autorizada a patrocinar entidade fechada de previdência privada, subordinando o dinheiro dos trabalhadores ao mercado financeiro.

Sonia aponta, ainda, que embora à primeira vista possa significar a resolução dos problemas relacionados à legalização da contratação de trabalhadores terceirizados em hospitais federais, a empresa deverá se pautar por conceitos empresariais de produtividade e flexibilidade, sobretudo no que tange aos recursos humanos.

“Pão e água”

A nova empresa segue a linha privatista do antigo modelo de Fundação Estatal de Direito Privado, o PLP-92, de 2007, barrado em grande medida graças à mobilização do movimento sindical. O projeto previa a criação de uma nova forma jurídico-institucional que permitiria a privatização de serviços essenciais nas áreas da saúde, assistência social, educação, pesquisa, cultura, desporto, ciência e tecnologia, meio ambiente, previdência complementar do servidor público, comunicação social e promoção do turismo nacional. A principal diferença entre os modelos de Fundação e de Empresa é a menor sujeição a licitações por parte das Empresas.

Em agosto de 2007, o então secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Francisco Gaetani, admitiu o objetivo do projeto em reduzir o papel do Estado na garantia constitucional do financiamento de serviços públicos. “O governo precisa assegurar contrapartida pelo menos para o básico, isto é, 'o pão e a água'. A geléia, a manteiga, o queijo e a fruta dependem do desempenho da instituição, de sua capacidade de captar mais recursos, inclusive no próprio governo”, afirmou, à época, em entrevista.

“A resistência dos movimentos sociais à proposta das fundações foi fundamental para barrar o projeto. Esperamos que agora sejam constituídos processos de fortalecimento da mobilização dos servidores no sentido de impedir mais essa medida que retira direitos da classe trabalhadora", completa a docente.

Leia abaixo a íntegra da MP 520, divulgada pelo Diário Oficial da União em 31/12/2010.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 520, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010

DOU de 31/12/2010 (nº 251-A Edição Extra, Seção 1, pág. 4)

Autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. – EBSERH e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar empresa pública sob a forma de sociedade anônima, denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. – EBSERH, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Educação, com prazo de duração indeterminado.

§ 1º – A EBSERH terá sede e foro em Brasília, Distrito Federal, e poderá manter escritórios, representações, dependências e filiais em outras unidades da Federação.

§ 2º – Fica a EBSERH autorizada a criar subsidiárias de âmbito regional para o desenvolvimento de atividades inerentes ao seu objeto social.

Art. 2º – A EBSERH terá seu capital social representado por ações ordinárias nominativas, integralmente sob a propriedade da União.

Parágrafo único – A integralização do capital social será realizada com recursos oriundos de dotações consignadas no orçamento da União, bem como pela incorporação de qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.

Art. 3º – A EBSERH terá por finalidade a prestação de serviços gratuitos de assistência médico-hospitalar e laboratorial à comunidade, assim como a prestação, às instituições federais de ensino ou instituições congêneres, de serviços de apoio ao ensino e à pesquisa, ao ensino-aprendizagem e à formação de pessoas no campo da saúde pública.

Parágrafo único – As atividades de prestação de serviços de assistência médico-hospitalar e laboratorial de que trata o caput inserirse- ão integralmente no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.

Art. 4º – Compete à EBSERH:

I – administrar unidades hospitalares, bem como prestar serviços de assistência médico-hospitalar e laboratorial à comunidade, no âmbito do SUS;

II – prestar, às instituições federais de ensino superior e a outras instituições congêneres, serviços de apoio ao ensino e à pesquisa, ao ensino-aprendizagem e à formação de pessoas no campo da saúde pública, mediante as condições que forem fixadas em seu estatuto social;

III – apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa de instituições federais de ensino superior e a outras instituições congêneres, cuja vinculação com o campo da saúde pública ou com outros aspectos da sua atividade torne necessária essa cooperação, em especial na implementação da residência média multiprofissional nas áreas estratégicas para o SUS;

IV – prestar serviços de apoio à geração do conhecimento em pesquisas básicas, clínicas e aplicadas nos hospitais universitários federais e a outras instituições congêneres;

V – prestar serviços de apoio ao processo de gestão dos hospitais universitários e federais e a outras instituições congêneres, com implementação de sistema de gestão único com geração de indicadores quantitativos e qualitativos para o estabelecimento de metas; e

VI – exercer outras atividades inerentes às suas finalidades, nos termos do seu estatuto social.

Art. 5º – A EBSERH sujeitar-se-á ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.

Art. 6º – É dispensada a licitação para a contratação da EBSERH pela administração pública, para realizar atividades relacionadas ao seu objeto social.

Art. 7º – A EBSERH poderá prestar os serviços relacionados às suas competências mediante contrato com as instituições federais de ensino ou instituições congêneres.

§ 1º – O contrato de que trata o caput estabelecerá, entre outras:

I – as obrigações dos signatários;

II – as metas de desempenho, indicadores e prazos de execução a serem observados pelas partes; e

III – a respectiva sistemática de acompanhamento e avaliação, contendo critérios e parâmetros a serem aplicados.

§ 2º – Ato do Ministro de Estado supervisor da entidade contratante e do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão aprovará a minuta do contrato a ser firmado, em cada caso, ao qual deverá ser dada ampla divulgação por intermédio dos sítios da EBSERH e da entidade contratante na internet.

§ 3º – O órgão supervisor da entidade contratante participará, como interveniente, nos contratos de que trata este artigo.

Art. 8º – Na hipótese de que trata o art. 7º, os servidores titulares de cargo efetivo em exercício na instituição federal de ensino ou instituição congênere que exerçam atividades relacionadas ao objeto da EBSERH poderão ser a ela cedidos para a realização de atividades de assistência à saúde e administrativas.

§ 1º – Ficam assegurados aos servidores referidos no caput os direitos e vantagens a que façam jus no órgão ou entidade de origem.

§ 2º – A cessão de que trata o caput ocorrerá com ônus para o cessionário.

Art. 9º – Constituem recursos da EBSERH:

I – as receitas decorrentes:

a) da prestação de serviços compreendidos em seu objeto;

b) da alienação de bens e direitos;

c) das aplicações financeiras que realizar;

d) dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros, dividendos e bonificações; e

e) dos acordos e convênios que realizar com entidades nacionais e internacionais;

II – doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe forem destinados por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado; e

III – rendas provenientes de outras fontes.

Art. 10 – A EBSERH será administrada por um Conselho de Administração, com funções deliberativas, e por uma Diretoria Executiva, e contará ainda com um Conselho Fiscal.

§ 1º – O estatuto social da EBSERH definirá a composição, as atribuições e o funcionamento dos seus órgãos societários.

§ 2º – Ato do Poder Executivo aprovará o estatuto da EBSERH.

Art. 11 – O regime de pessoal permanente da EBSERH será o da Consolidação das Leis do Trabalho e legislação complementar, condicionada a contratação à prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, observadas as normas específicas editadas pelo Conselho de Administração.

Parágrafo único – Os editais de concursos públicos para o preenchimento de emprego no âmbito da EBSERH poderão estabelecer, como título, o cômputo do tempo de exercício em atividades correlatas às atribuições do respectivo emprego, inclusive em entidades privadas.

Art. 12 – Fica a EBSERH, para fins de implantação, autorizada a contratar, através de processo seletivo simplificado, pessoal técnico e administrativo por tempo determinado.

§ 1º – A celebração de contratos temporários de emprego para fins de implantação da EBSERH só poderá ocorrer durante os primeiros cento e oitenta dias contados da sua constituição.

§ 2º – Os contratos temporários de emprego de que trata o caput poderão ser prorrogados uma única vez, desde que a soma dos dois períodos não ultrapasse dois anos.

§ 3º – A contratação mediante o processo seletivo simplificado de que trata o caput poderá ser feita mediante análise de currículo, observados os quantitativos aprovados pelos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação.

Art. 13 – A EBSERH poderá celebrar contratos temporários de emprego com base nas alíneas “a” e “b” do § 2º do art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho, mediante processo seletivo simplificado, observado o prazo máximo de duração estabelecido no seu art. 445.

Art. 14 – Ficam as instituições federais de ensino autorizadas a ceder à EBSERH, no âmbito do contrato de que trata o art. 7º, bens móveis e imóveis necessários à sua execução.

Art. 15 – A EBSERH e suas subsidiárias sujeitar-se-ão á fiscalização dos órgãos de controle interno e externo da União.

Art. 16 – A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade fechada de previdência privada, nos termos da legislação vigente.

Parágrafo único – O patrocínio de que trata o caput poderá ser feito mediante adesão a entidade fechada de previdência privada já existente.

Art. 17 – Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 31 de dezembro de 2010; 189º da Independência e 122º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Fernando Haddad

Fonte: ANDES-SN 
 
E ai galera, muitas duvidas ainda sobre essa MP né! Aguardemos.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Leiam e se "orgulhem" do nosso conselho!

Colegas, Por favor Leiam!!!


Com o desastroso acontecimento da morte da menina Stefanie Teixeira, o COREN SP, demonstrou grande habilidade jurídica, aproveitando todas as oportunidades midiáticas que apareceram, para esbanjar os conhecimentos jurídicos possíveis, pra corroborar com a acusação da técnica de enfermagem.
Não que a profissional não deva responder. Muito pelo contrário! A justiça está fazendo seu papel, e a profissional, com qualquer cidadão que não querendo, mas ocasionando a morte de alguém, vai responder por homicídio culposo. Cabe a justiça, primordialmente, esse papel.

Do COREN SP, além da apuração ética e punição cabíveis, cabia, ao meu ver, uma inteligente abordagem para aproveitar o lastimável acontecimento para mirar em questões que fundamentalmente, estão relacionadas com o fato.

Hoje pela manhã, no Bom Dia Brasil, a reportagem apresentou a entrevista da profissional, e mais uma vez foi dada abertura pra fala do conselho, que se limitou novamente ao veredicto óbvio: ela é culpada, ela deveria e tinha a obrigação de ter lido o rótulo...

Em nenhum momento tivemos a alegria (diante da lástima da luta pela morte da pequena inocente) de presenciar um posicionamento do COREN SP, de forma mais política aproveitando a oportunidade para discutir questões importantíssimas e que certamente tem correlações com outros fatores.

Cadê a discussão sobre a sobrecarga de trabalho dos profissionais da enfermagem?

Cadê a discussão sobre os baixísimos salários pagos aos profissionais, que faz com que os mesmos tenham que ter dois, três e até quatro vínculos, para poderem sustentar suas famílias, passando noites e dias sem dormir e descansar?

Cadê a discussão sobre a precária formação profissional dos trabalhadores, que formados por capitalistas irresponsáveis em instituições privadas, que formam de qualquer forma, sem qualidade visando apenas o lucro?

É lastimável ver a dor do luto da mãe da criança. Saber que uma criança inocente morreu. Ver a vida de uma profissional ser arruinada depois de um erro fatal. Mas mais lastimável ainda é perceber a falta de habilidade e a falta de visão política dos nossos representantes nesses momentos.

Com dois projetos importantíssimos tramitando no Congresso (um que define a carga horária semanal de trabalho e outro que define o piso salarial) com toda a mídia nesse momento dando abertura pra entidade falar, cabia aos representantes petiscarem os assuntos!

Mais uma vez perdemos oportunidades. A mídia se esbalda com dados fornecidos pelo COREN SP sobre os crescentes erros dos profissionais de enfermagem, e nossos representantes perdem oportunidades de ouro de salientarem nossa importância pra constituição da estrutura da saúde nacional. Sem puxar os debates que dizem respeito aos fatores que interferem na adequada prestação dos nossos serviços. Sem falar da desvalorização de uma categoria fundamental, que passa 24 horas do lado do leito dos hospitais.

Falar de falhas é fácil. Falar de desleixo é fácil. Falar de desqualificação é fácil. Difícil é avançar na discussão e esmiuçar causas subjacentes de todos esses fatores. De instituições que dispostas a pagar salários miseráveis, não fazem a menor seleção de profissionais para admissão (porque os melhores não se submeterão aos salários de fome que são pagos pelos que tratam a saúde como negócio e tratam trabalhadores como escravos e vêem a enfermagem como mão de obra desqualificada).

A coragem de tratar desses assuntos, a todo momento, mesmo em situações trágicas e momentos muito difíceis pra enfermagem, é uma obrigação das nossas entidades!

É claro que é papel do Conselho, executar seu papel fiscalizador do exercício profissional, em prol da garantia da assistência de qualidade e livre de danos ao cliente, assim como também é um instrumento social de garantia ao usuário de uma assistência prestada por trabalhadores aptos e com condições de exercer sua profissão, com toda carga de responsabilidade que assumimos quando nos diplomamos.

Porém o que salientamos é que cada vez mais, apenas o papel punitivo do conselho fica evidenciado. E pros profissionais, isso é claro e notório. É fiscalizar o profissional, punir o profissional e jamais contextualizar as punições. Ver as condições do trabalho e se aliar, unir e lutar pela garantia de vitórias que tragam também repercussões positivas para a categoria.

Agora vergonha é ver a reportagem da rede globo afirmar: "os especialistas afirmam que esse problema pode ter como causa uma mistura muito perigosa: sobrecarga de trabalho, baixa qualificação e salários precário". É uma vergonha que pessoas de fora da área façam leituras tão coerentes e lógicas, mas que nossas entidades não sejam as fomentadoras dessa conclusão e dessa discussão, e que estas pessoas sejam consideradas especialistas, ou seja conhecedoras máximas da área e que os nossos representantes estejam na posição apenas de algozes ou justiceiros implacáveis.

Carta de desabafo de uma servidora.

Domingo, 9 de janeiro de 2011.
Após um plantão de MAIS de TREZE HORAS em DUAS Unidades de Terapia INTENSIVA do Hospital Universitário, gostaria de compartilhar a experiência e quem sabe fazer com que esse depoimento ajude a tomada de algumas medidas de URGENCIA.
Infelizmente essa não é a primeira, nem a segunda,..., nem a décima vez que tal situação acontece na Instituição, e para meu desânimo, parece que não será a última.
Iniciei o meu plantão noturno como enfermeira assistencialista de DUAS Unidades de Terapia Intensiva Adulto, que se localizam em um mesmo corredor, porém, em espaços físicos diferentes. Ou seja, estava desafiando o princípio de que nenhuma pessoa pode estar em dois espaços físicos distintos ao mesmo tempo. No entanto, como não havia outra saída devido o quantitativo de RH reduzido, me submeti a tal façanha. A princípio haviam sob minha responsabilidade seis pacientes (três em cada respectiva UTI) – e seis técnicos de enfermagem (número reduzido pois o quantitativo real deveria ser 8 técnicos – 2 estavam de folga!). Contudo, já havia a liberação de mais 3 leitos que só estavam aguardando os pacientes externos serem transferidos a instituição.
Houve CINCO internações durante o período, de pacientes totalmente críticos e dependentes, que necessitavam realmente de monitoração contínua e cuidados integrais, porém, este era o grande problema, não havia RH suficientes para dar tal suporte.
Fizemos nosso melhor e demos a assistência que foi possível, mas com certeza não a que os pacientes necessitavam. Não havia enfermagem suficiente para cobrir a demanda, dimensionei o melhor que pude, no entanto, mesmo assim não ficou adequado. Estava a meia-noite internando o que seria o meu DECIMO SEGUNDO PACIENTE. (A RDC 7, de 24 de Fevereiro de 2010, no seu art. 14, dimensiona o quantitativo para cada UNIDADE de terapia intensiva, de no mínimo, 1 enfermeiro assistencialista para cada 8 leitos de UTI, e no mínimo 1 técnico de enfermagem para cada 2 leitos de UTI, além de mais 1 técnico para suporte assistencialista em cada turno).
Ao conhecer a realidade de um hospital, por mais leigo que seja, sabe-se que e a enfermagem é a responsável por prestar o primeiro atendimento, a fazer todos os cuidados, a fornecer o suporte necessário para atender as necessidades dos pacientes e fornecer lhes conforto.
Agradeço a Deus por nenhum paciente ter apresentado uma Parada Cardiorrespiratória (PCR), pois tenho a plena certeza que nenhuma das duas equipes tinham as condições mínimas psicológicas e físicas para prestarem um suporte adequado nessa situação, pois ao final da última internação, todos estavam visualmente exaustos, e no entanto, haviam ainda 7 horas de jornada de trabalho a serem bravamente cumpridas. Tal situação é totalmente incompatível com a realidade de assistência a um paciente em PCR, pois para reverte-la são necessários RH, condições físicas (devido aos esforços durante as compressões torácicas e suporte ventilatório) e mentais (administração de drogas corretas em tempo hábil) mínimas de cada profissional. OBS: este é só um exemplo de uma ocorrência passível de um setor de terapia intensiva.
Quero que fique claro que estamos fazendo o nosso melhor, porém este não está sendo o suficiente, pois a demanda está sendo extremamente alta, e como qualquer um, somos seres humanos cheios de limitações. Não podemos estar em dois lugares ao mesmo tempo!!!!! Não podemos continuar a assumirmos situações impossíveis. Talvez isso pareça distante da sua realidade por nunca ter precisado utilizar o serviço público de saúde, com certeza seus familiares também não precisem, mas hoje internaram pais, mães e filhos de pessoas que estão no seu lar acreditando no nosso serviço. Isso me deixa triste, pois não era nenhum familiar meu, MAS poderia ser.
Temos capacidade!!! Mas precisamos de AJUDA!!!
A enfermagem não DESEJA mais APH, ela NECESSITA de mais APH!
Não ache que sou uma servidora cansada, que visa apenas o retorno financeiro que esses plantões me dariam, e dariam aos outros servidores. Ao contrário, tenho apenas 23 anos, amo minha profissão, e sinto o dever de cumprir meu juramento feito ao término de minha graduação e honrar meu código de ética.
Contudo, na atual situação, me vejo de mãos atadas.


sábado, 8 de janeiro de 2011

Reunião com Prof. Wedson 07/01/2011

Na manhã do dia 07/01 foi realizado uma reunião no auditório do Hospital com o Diretor Geral do HU e vice-reitor da UFGD, Prof. Wedson Desidério, com a participação servidores de todos os setores do hospital. Segue o resumu do que foi dito na reunião.

Primeiramente o Prof. Wedson iniciou a fala agradecendo todos que ajudaram na transição e na instalação do serviço de ginecologia e obstetricia no HU, disse que vivemos e viveremos muitos anos ainda em processos de mudanças pois ainda somos um hospital novo, que tem muito que ser implantado. Falou também da emenda constitucional que cria a empresa para administrar os hospitais universitários (Fundações Estatais de direiro privado) que ajudará muito nas questões administrativas devido as burocracias existentes hoje no serviço publico. (Opinião: Ainda não sabemos se isso será bom ou ruim para o servidor público, vamos aguardar para ver.)

Sobre as Aph's para 2011 disse que ainda não saiu o quantitativo oficial, que deve estar saindo pela próxima semana, mas que ja adianta que não é o que foi pedido, foi liberado um quantitativo menor, maior que ja temos, porém menor que foi solicitado (foi solicitado em torno de 1500). E que a nova distribuição será por prioridades, irá priorizar os setores mais críticos do hospital. (Nota. Vamos aguardar o quantitativo oficial, para depois discutirmos escalas, quem se interessar é só ficar esperto no diário oficial da união, que é lá que será publicado o quantitativo).

Sobre as escalas de 30 hrs e36 hrs disse que é impossível, pois é contra a lei, e contra as recomendações do ministério, falou que os hospitais que fazem 30 hrs hoje serão multadas e terão que voltar a fazer 40 hrs. (Opinião: Será?? Eu duvido!). Disse também que a diminuição da carga horária é uma briga do sindicato, e que ele acha que é questão de tempo para ser aprovado.

Em seguida falou do seu caráter, da sua honestidade e da sua dedicação, e que não admiti que seu caráter seja colocado em dúvidas, falou também que vem se decepcionando muito com a vida pública. E pediu que todos os funcionários fizessem um PACTO PELO HOSPITAL, para que todos se comprometessem mais pela qualidade na assistencia ao nosso cliente, para que o HU continue sendo referencia de qualidade de atendimento.

Abrindo para as falas, Reinaldo questiona que as escalas de 36 hrs é para que os servidores não precisem trabalhar 42, 44 ou até mais horas semanais, o que ocorre hoje, além de trabalhar feriados sem remuneração. Prof. Wedson disse que somente quando sair o quantitativo de Aph's é que saberemos se dará ou não para fazer essa escala. Disse também que com a entrada dos novos servidores (contratados) o problemas de remanejamenos e sobrecargas de trabalho poderá ser amenizada.

Alexandre, reclama da atual situação dos funcionários, que são remanejados para setores que não conhecem, causando grande frustração, e falou também dos maus tratos e desrespeito que os servidores estão enfrentando nos setore.

Rodrigo, esplica que são dois pontos diferentes, que as questões de remanejamentos frequentes é questão de gestão de pessoas, que não anda sendo feita correta. A outra questão é do desrespeito ao servidor, citando episódios que vem ocorrendo na G.O, que os médicos vem frequentemente desrespeitando e mau tratando os profissionais de enfermagem, que isso é atitudes inadimissível.

Prof. Wedson  falou da diiculdade que teve na transição da G.O que precisaria de mais tempo para fazer os treinamentos dos funcionários mas não houve, e que nessa transição tumultuada, foi necessário muitos desdobramentos dos profissionais. Explicou que todas os casos de desrespeitos, humilhações, maus tratos devem ser repassados para os coordenadores que em seguida passará para ele tomar providencias. Disse também que no HU existe o setor de apoio ao servidor que tem apoio psicológico e analisará todos os casos de assédio moral.

Rodrigo finalizando, disse que todos os servidores do HU, principalmente da enfermagem sempre se dedicaram ao máximo para o sucesso do hospital, é a enfermagem que esta sempre presente em tudo, fazendo todos os esforços para que a qualidade da assistencia seja mantida. Mas que a enfermagem precisa de um pouco mais de respeito e igualdade nos direitos. E que a direção e os servidores precisam achar um denominador comum, que seja bom para os dois lados.

Então galera tentei colocar aqui um resumão da reunião, agora fica a critério de cada um ler e interpretar. Ficaremos antenados nas novidades. Abraço a todos e boa sorte a nós.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Informativo – Plano Anual de Capacitação 2011

Informo que o “Plano de Capacitação dos Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos Administrativo em Educação do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados – 2011” foi aprovado no Conselho Gestor do Hospital Universitário da UFGD, pela Resolução nº 19, de 26/11/2010. A aprovação foi publicada no Boletim de Serviço nº 911 de 02-12-2010.
Nesse plano constam nove cursos de capacitação que podem servir para progressão na carreira.
Para que o plano possa ser colocado em execução, é necessário também que seja aprovado no Conselho Universitário (COUNI). Ainda não temos a data de quando será a próxima reunião do COUNI.
Consta, no orçamento do HU/UFGD de 2011, R$50.000,00 para serem gastos com capacitação.
Alguns projetos de capacitação foram encaminhados para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, para pleitear o financiamento desses cursos. Se aprovados, serão somados mais recursos aos R$50.000,00.
Dessa forma, aguardamos a decisão do COUNI e que a Pró-Reitora de Administração e Planejamento, Silvana de Abreu, retorne de suas férias para implementarmos o Plano de Capacitação, com abertura das inscrições.


Dourados, 6 de janeiro de 2011


Enfª Jackeline Camargos Pereira
Educação Permanente em Enfermagem – HU/UFGD
SIAPE: 1799900
COREN/MS: 179 735

Problemas x Soluções

Galera, o nosso blog anda bombando, é noticia em todo hospital. Além de ser um veículo de comunicação e informação, estamos mostrando que cada dia estamos mais unidos e com os mesmos pensamentos. Quem acompanha deve ler os comentários, as postagens e percebe-se que as reclamações e as decepções são gerais, porém não devemos cruzar os braços e nem muito menos apenas ficar atirando pedras, como ja disse anteriormente somos quase 300 cabeças pensantes (e  as melhores cabeças) e temos muitas idéias bacanas para serem aproveitadas, o que faltava era a participação de todos, e isso agora esta tornando-se realidade. A alguns dias li um comentário que sugeria uma assembleia geral da enfermagem para podermos levantar os principais problemas comuns e consequentemente as sugestões para mudanças, e gostei da idéias. Não devemos ficar apenas nos lamentando e reclamando no blog, temos que procurar soluções amigáveis, que fique bom para ambas as partes, e voltar a nos focar nos nossos ideais, que é uma enfermagem unida com uma assistencia de qualidade.
Crio essa nova postagem para que apontemos aqui os principais problemas do dia a dia de trabalho e lógico, as sugestões de mudanças. Com isso levaremos todas as reclamações já com as sugestões a direção de enfermagem e a direção geral, procuraremos um denominador comum e retornaremos isso em assembléia geral para a enfermagem. O que acham da idéia??? A proposta esta lançada. Abraço e boa sorte a todos.

APH Parte III (Tomara que seja a última)

Amanhã 07/01/2011 as 09:00 reunião com o prof. Wedson. Ele deve repassar os quantitativos de Aph's para 2011, ai veremos se nossa escala de 36 horas decola de vez ou não. Também deve sair algo sobre as outras reivindicações. Aguardem, amanhã teremos novidades.